Prezados Associados da APAPE- Associação Nacional de Empregados e Ex-empregados do Sistema Petrobras e Sucessoras, Participantes e Assistidos da Petros
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ABRINDO A CAIXA PRETA II
Equilíbrio atuarial da Petros entre 1970 e 2010, a geração do denominado “déficit assassino”, o Plano de Equacionamento em 2017 e as contribuições extras com início em março de 2018.
Todos os déficits deste período foram cobertos pelas contribuições das patrocinadoras e não pelos assistidos e participantes com contribuições extas. Isto porque as contribuições normais dos assistidos e participantes sempre foram e, ainda são, fixas. Apenas as contribuições normais das patrocinadoras é que aumentaram para cobrir a “insubsistência patrimonial” apurada na forma de déficit técnico ao final dos anos.
É importante observar que, em 1987, o déficit atingiu 129% do patrimônio coletivo.
A EVOLUÇÃO DAS CONTRIBUIÇÕES DAS PATROCINADORAS
Cabe lembrar que até 2012 havia superavit e o déficit de R$ 2 bilhões em 2013 e o de R$ 4 bilhões em 2014 não geraram PEDs. Isto porque estavam dentro do limite de tolerância e o de R$ 16 bilhões em 2015, somado aos de 2013 e 14, acumulou R$ 22 bilhões que deveriam ter gerado PED pelo mínimo e não gerou A razão foi que o presidente da Petros - Walter Mendes - que assumiu em setembro de 2016, não elaborou o Plano de Equacionamento até novembro de 2016, sendo obrigado a assinar Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com a PREVIC, para não ser multado, e somente em 2017 apresentou o PED elevado de R$ 22 bilhões para R$ 37 bilhões.
Vejam que, nos anos de 2013 e 2014, a rentabilidade dos investimentos administrados pela Petros foi negativa, quando a média da meta atuarial estava próxima de 10%. Esta foi a razão principal razão dos déficits registrados ao final destes anos.
O PED foi acumulando os resultados de 2018 e 2019, sendo posteriormente elaborado o NPP para promover a redução, em parte, das elevadas contribuições extras.
A pequena redução foi possível porque o prazo foi estendido para vitalício, incluindo parte do valor do décimo-terceiro benefício e o pecúlio por morte, que também foram muito reduzidos.
Sendo uma solução paliativa, que não deu resultado e que, ainda, aumentou o valor das contribuições para os que ganham benefícios abaixo de R$ 5 mil, em face da mudança do cálculo que foi considerada com taxa de percentual linear e, como consequência, os que ganham mais passaram a pagar menos e os que ganham menos passaram a pagar mais. Isso ao contrário dascontribuições normais, porque é similar do cálculo do IR, ou seja: quem ganha mais paga mais e quem ganha menos paga menos.
Os Federações de Sindipetros, numa sentada para tratar de ACT- Acordo Coletivo da Trabalho –, propuseram, e a Petrobras aceitou, fazer aporte adicional além das contribuições paritárias (50%), criando um Grupo de Trabalho para estudar esta proposta, com vistas à viabilidade técnica e jurídica sustentável para aporte além da paridade.
O GT trabalhou e elaborou relatório apresentando modelos de proposta, embora não tenha conseguido consenso para uma única alternativa.
Com a mudança da presidência da Petrobras, em face da necessidade de uma proposta viável e sustentável técnica e juridicamente, foi criada uma Comissão com a participação dos membros do GT composto por representantes das Entidades Representativas de Assistidos e de Participantes, assessorados por técnicos da Petros, de representantes da PREVIC (órgão governamental de fiscalização das EFPC) e da SEST (secretaria de controle das estatais).
A Comissão chegou a um consenso e está analisando o regulamento de um plano alternativo e o valor do aporte necessário a ser aprovado pela Petrobras.
Conclusão: Apenas aos participantes e assistidos dos Planos Petros do Sistema Petrobras – PPSPs (Repactuados e Não Repactuados) patrocinados pela Petrobras essa solução será ofertada, porque os patrocinados pela Vibra Energia e pela Petros não serão contemplados, já que essas patrocinadoras ainda não concordaram em participar do aporte necessário.
Assim sendo, aguardam a oferta de uma solução para que possam analisar e fazer, ou não, a opção para um Plano Novo sem contribuições normais e extras, para receber benefício vitalício superior ao que recebem, ou permanecer nos mesmos planos onde pagam as contribuições extras elevadas.
A FENASPE e Filiadas, quando a opção for oferecida aos seus associados, planeja a realização de eventos, com a participação de assessorias jurídica, atuarial e econômica, visando proporcionar clareza para vantagens e, se houver, as desvantagens, permitindo, com total conhecimento, a decisão pessoal que assistidos e participantes terão que tomar.Diretor Presidente da FENASPE